domingo, 29 de agosto de 2010

A última da semana

Cristiano é um taxista jovem, cheio de energia. Trabalha no ponto de um grande hospital. De sorriso fácil, conversador e prestativo, é querido tanto pelos colegas quanto pelos passageiros - na maioria pacientes do hospital. Apaixonado por praia e pescaria, aos fins de semana, ele costuma ir para o litoral com uma turma de amigos.
Esse caso se passou em uma sexta-feira, fim de tarde. Depois de uma semana dura de trabalho, Cristiano já estava com tudo esquematizado para largar para a praia. Os amigos já estavam telefonando, mandando mensagens. A carne para o churrasco estava comprada, as namoradas já esperavam ansiosas. Cristiano estava no ponto do hospital, pilhado, esperando para fazer a última corrida da semana.
Surgiu, então, uma senhora idosa, conduzindo uma outra mais velha ainda em uma cadeira de rodas. Cristiano ajudou-as a embarcar, na esperança de agilizar o processo. A vovó da cadeira parecia meio fora do ar, não falava, fazia o que lhe mandassem. As duas sentaram no banco de trás. Essa que estava pior ficou sentada às costas do motorista. Vamos lá!
Chegando ao destino, Cristiano recebeu o pagamento e ficou aguardando que as passageiras descessem. Aproveitou o momento para ir respondendo as mensagens que os amigos estavam enviando pelo celular. Quando a porta do táxi finalmente fechou, ele partiu, apressado, rumo ao aguardado fim de semana. Só alegria!
O taxista já estava quase chegando em casa quando fez uma curva fechada e sentiu que algo tombou no banco de trás do táxi. O barulho veio acompanhado de um gemido de dor. Cristiano entrou em pânico quando viu que uma das velhinhas tinha ficado no táxi!
Quando chegou novamente à casa da passageira, até a polícia já tinha sido chamada. A outra velha era amparada por vizinhos. Maior alvoroço! Cristiano precisou se desmanchar em desculpas para não apanhar do pessoal.

16 comentários:

Anônimo disse...

A isso chamamos falta de atenção! Ou "comportamento" moderno! É comum o taxista esquecer de abrir o porta malas, e às vezes partir, sem tira-las, para os passageiros! Mas essa desatenção é que faz a diferença entre o bom, e mau taxista!

Marieta Rios disse...

Puta merda! Diz que isso é ficção, vai!

julio - o atormentado disse...

É... essa pressa prá ir pescar eu conheço bem... hehe!

Patricia Daltro disse...

Coitada da velhinha! Não bastasse o susto do "sequestro", também levou uma queda. Afe!

Luciana Andradito disse...

também acho!

Eliana disse...

hahahahaha

Pobre velhinha!

Mas que é engraçado, isso é!

ps: Nossa! quanto tempo sem vir aqui.. agora vou começar a ler as postagens que perdi... hahahaha

Abraços!

**** disse...

Ahahahahahaha...
Esta cara não tava com muita sorte, não.

Silvia Regina Angerami Rodrigues disse...

Ótima, Mauro! Bem verossímil.... há braços paulistanos!

Anônimo disse...

Ele tem tempo para aprender.
Abraços fumacentos.

Plinio Nunes disse...

Ainda bem que ele não é médico. Já pensou uma história em que a pressa para ir pescar faz com que o paciente fique com um bisturi ou gase no corpo após a cirurgia. Isso já ocorreu e deve acontecer só que a gente não sabe.
Abraços

Lelê Maria disse...

hahahahahahaha me esqueci que não posso vir ler as postagens na informática da minha faculdade pq tem uma plaquinha de SIlÊNCIO que é sempre quebrado pelas minhas risadas.há braços, pernas e tudo mais.

Hidaiana Rosa disse...

Olá, Mauro!
Quanto tempo não passo por aqui!
Lembra daquela entrevista que fiz com você?
Então, agora sou colunista do EBand Repórter. É um prêmio de jornalismo que dará vagas de estágio no grupo Bandeirantes e outros prêmios.
Postei a sua entrevista lá, também: http://www.ebandreporter.com.br/cidades/00000885-taxi_passageiros_e_muitas_tramas.html

Abraços!

Hidaiana Rosa disse...

Idosos, não peguem o táxi do Cristiano!

Alexandre RJ disse...

Será que esse Cristiano não se chama Mauro distraído após uma noite inteira acordado tocando com sua banda?

Anônimo disse...

Que mau taxista que nada. Ele só tava animado pra pescaria. E ainda bem que a vovó, mesmo que nao falasse nada, pelo menos sabia gritar.

Um bom amigo uma vez me contou que foi buscar as filhas na escola. Trouxe uma e esqueceu a outra!

eva disse...

tudo isso. devida a falta de atençao, é preciso se esvaziar, sai do mundo da lua, e prestar atenção no que esta fazendo