segunda-feira, 12 de outubro de 2009

As histórias que me contam

Todos os dias, meus passageiros me contam histórias curiosas de suas profissões.
Um deles me disse que é gerente de um grande supermercado da capital. Ele contou que, certa feita, chegou um gringo com cara de poucos amigos, com uma rapadura na mão, mandando chamar o gerente - pelo visto, seria mais um cliente insatisfeito. Quando perguntou no que poderia ser útil, o gringo puxou uma faca enorme da cintura. Todos se afastaram!
O homem, então, pegou a faca, partiu um pedaço da rapadura e ordenou que o gerente provasse. Meu passageiro, apavorado, disse que colocou a rapadura na boca por alguns instantes e logo cuspiu fora. Com cara de nojo, ordenou que o produto fosse trocado ou o dinheiro devolvido imediatamente ao cliente, pois a rapadura estava mesmo horrível. Ao que o gringo exclamou, indignado:
- Como assim, horrível? Esta rapadura é fabricada por mim, eu vim aqui vendê-la para o supermercado!

Ele também contou o caso de uma idosa que pretendia processar o supermercado pela morte do seu cachorrinho. Acontece que a velhinha costumava ir às compras com seu pequeno cãozinho. Quando entrava na loja, ela colocava o bicho em uma sacola.
O problema aconteceu quando o supermercado, para evitar furtos, passou a colocar as sacolas dentro de um saco plástico lacrado. Quando acabou as compras, a velhinha descobriu que seu cachorro havia morrido asfixiado! Segundo meu passageiro, foi o maior reboliço.
Sugeri ao gerente que seguisse meu exemplo e escrevesse um livro. O título poderia ser Supertramas - diário de um supermercado.
E você, amigo leitor, teria alguma boa história do seu trabalho para me contar?

13 comentários:

Eliana disse...

Hahahaha! A do gringo foi ótima!!! Realmente, gringo não tem vez no samba, nem na rapadura! kkkkkkkk
Mas fiquei com dó do cachorrinho, tadinho... O livro é uma boa ideia né? No meu caso, eu faria um com "pérolas infantis", pois trabalho com crianças entre 4 e 6 anos, e todos os dias eu ouço cada uma... que só rindo mesmo. Crianças são divertidíssimas! E por falar em crianças: parabéns pelo dia de hoje!!! Êêêêêê!!!

Abraços!

Baztos disse...

Boas histórias
Garanto que o supermercardo foi o Carrefour, hhaua. Acontece de tudo nele, mas a culpa foi a dona do caozinho, na minha opinião...

No "pauta live news" vc deu a historia inédita, os caras deram de Miguel dizendo que os publicos eram diferentes e nem saberiam, mas estao errados, tudo o que refere-se a seu lado escritor nós, seus fãs, estamos ligados, rsrs.

E duro de acreditar na história, entao como voce mesmo disse, vai ter que estar cara a cara com o dono da história pra sentir se é verdade mesmo...

SUCESSO!

**** disse...

Estou seco de histórias reais... rsrsrsr...
Continuo me divertindo com as suas.
Abraços

Hugo de Oliveira disse...

Gostei da sua história. Bom no meu trabalho são tantas histórias loucas..rsrrs. Mais prefiro nem comentar...rsrsrs


abraços


Hugo

Anunciação disse...

Ih,rapaz,é muita história que se passa no meu serviço.Boa idéia,o livro.

Anônimo disse...

Boa provocação.
Trabalhei onde se auditavam documentos e atitudes, então faça idéia do que rolou por lá. Mas a que eu jamais esqueço é uma da época em que entravam muitos dólares falsos pela fronteira do RS e avançavam pelas agências do Banco em cidades do sul, como Araranguá, Criciúma, Tubarão. Não foi de nenhuma dessas cidades, mas de outra, que vou omitir o nome para não acabar na fente de um juiz.

Pois o gerente, rapaz moço e novo na função, na ânsia de mostrar serviço e fechar todas as frestas para não ser ludibriado, arrancou boas gargalhadas da Inspetoria quando pediu que fosse comprovada a autenticidade de uma nota de 10 dólares.
Como disse na cartinha:Para facilitar o exame, segue xeróx da nota.
Abraços.

Cris disse...

Muito bom! Eu tenho uma história, que na realidade, é de meu cunhado.
Meu cunhado trabalho há muitos anos na Caixa Econômica Federal. Trabalhou por muitos anos em cidades do interior, bem pequenas. Numa dessas cidades, haviam dois bancos: Banco do Brasil e Caixa Federal. Conta a história que um gringo foi ao Banco do Brasil para abrir uma conta. Dinheiro na mão, procurou o gerente, que cadastrou todos seus dados, gerou uma conta corrente e falou para o novíssimo cliente: "agora é só passar no caixa para fazer o depósito". O gringo, não acostumado às modernidades da cidade, saiu do Banco do Brasil e entrou na fila da Caixa Federal, para fazer o depósito. Até meu cunhado explicar para o sujeito que focinho de porco não é tomada, demorou.
Abraços.

Carmem Tristão disse...

Mauro! eu tenho uma ótima de quando eu trabalhava na Assessoria de Imprensa de uma grande mineradora. Uma senhora de recursos precários ligou querendo porque querendo o celular do presidente da empresa pra almoçar com ele e apresentar-lhe a filha. aiaiaiai almoçar com ele, até a mulher dele quer rsrsrsrs. vou saber se estou autorizada a dar detalhes sobre a história.

Gorby disse...

Não há hipotese, cada história um momento fantástico!! Obrigado
Mauro!

Abraço

Plinio Nunes disse...

A história mais incrível na minha empresa foi a de um motorista que tinha uma audiência por pensão alimentícia e não queria faltar ao emprego. Aí mandou o irmão gêmeo trabalhar em seu lugar. O ator entrou em contradições despertou suspeitas e acabou sendo desmascarado. Contei essa história no outro blog que eu tinha.

Anônimo disse...

Na frente do callcenter, do outro lado da rua, tinha um bordel. Num dia de sol quente o pai (inocente) d'uma operadora de telemarketing chegou pra esperar a filha. Como só haviam árvores na frente do bordel, o homem parou na sombra dessas. Um sujeito, meio acanhado, parou pra puxar conversa. Perguntou se tinha gente atendendo ali. O pai responde que ali funcionava 24hs, sempre tinha gente atendendo. O sujeito perguntou como ele sabia disso. O pai respondeu: - minha filha trabalha aki. "puxa, que pai tolerante!"

Anônimo disse...

Historias do trabalho são um bom tema para livro também, acontece cada coisa no dia a dia que é de se matar de rir, como da vez em que uma senhora entrou no escritorio com o olhar perdido, e quando perguntamos em que poderiamos ajudar, ela perguntou onde era o caixa para sacar dinheiro. Detalhe, eu não trabalho em Banco, mas sim em uma Seguradora... Abraços,

Liana disse...

Pra quem trabalha em escritório, existe muita história de "pegação", daria mais um livro de contos eróticos, hahaha