Filho caçula de taxista, Arnaldo foi criado diferente: era o xodó da mãe. Super protegido. Enquanto os mais velhos ajudavam o pai com o táxi, Arnaldo estudava. A mãe levou o menino na igreja, promessa aos pés de São Cristóvão: Arnaldinho NUNCA colocaria a mão em um taxímetro. Todos na família sabiam da promessa. Arnaldo só estudava. Formou-se em Administração de Empresas, orgulho da mãe. Depois da morte do pai, os outros dois meninos tocando o táxi, Arnaldo estudando. A situação difícil em casa. Pouco dinheiro...
Na época de ouro do táxi, antes dos aplicativos, Arnaldo foi o que chamaram por aqui de "barão dos táxis". Chegou a administrar mais de 30 carros, centenas de empregados. Fez fortuna. Casa na praia, mansão em Porto Alegre, carro importado. Sua mãe com cuidadores bem pagos, as melhores clínicas, tratamentos caríssimos, funeral de luxo, nunca soube qual negócio o filho caçula realmente administrava. Arnaldo cumpriu a promessa da mãe. Apesar da fortuna com os táxis, NUNCA pôs a mão em um taxímetro.
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